Lindas, não? E saborosas. Um regalo para a vista e para a boca. Ouvi dizer que lá para as terras do tio Sam também as há. Hummm, só vendo.

No fim de semana do Entrudo estão convidados. Apareçam e provaremos também o tinto.

Saudações a todos.

Terra de músicos esta. Ainda o afamado Pica na Cueca não era imaginado, nem sequer alguns dos seus elementos, já se vertia música pelas ruas de Pedome. Alegria e um copo ou uma coisa leva à outra e vice-versa e vai mais uma arruada. Siga a morinheira...

Que lindo que ainda é Pedome. Desde o Vale Jambinho, ao pomar da Joaquina, passando pela rua central, até ao cabeço. E se a todos vos diz muito e se este lugar já é visita diária obrigatória, divirtam-se todos por cá. Um forte abraço que cruze o Atlântico e passe por todos os locais de onde nos visitam.

Por aqui já todos passámos. Ainda a rua não era calcetada, com a fraga que havia ao lado da loja do tio Branco, carregando erva verde na Primavera ou o feno no Verão. Aqui, encontrávamos o Tio Zé Teixeira sentado na escada que ainda se pode ver à direita e matutávamos nas janelas gradeadas do lado esquerdo. Porquê as grades? E ainda hoje não sei a resposta.

Ainda recorrendo ao arquivo do Alvaro, reparem nesta maravilha que nos proporcionou. Meia quinta na festa da Santa Rita, no repasto que a merenda preparada de véspera proporcionou.
Aqui estão seguramente muitos dos antepassados dos que vêm este blog. À memória deles dedico este post.

Armando Sena

Para os que não tiveram oportunidade de estar presentes, deixo aqui uma lembrança da festa de Lebução do ano passado, com a banda a iniciar a tradicional e muito típica arruada. Pormenor curioso é o da extraordinária parecença do maestro com um dos mais fiéis seguidores deste blog.

Dois dos ícones de Pedome. O primeiro, o forno, por onde rondávamos em vésperas de Páscoa à procura de um sibinho de folar ou uma rodela de salpicão que menos bem introduzida na massa, caía enquanto a divinal iguaria pascoal cozia no forno. À volta e enquanto se esperava, contavam-se batalhas havidas e planos de novas. Assim erámos crianças em Pedome. Pelo meio, esvaziávamos o resto dos ovos usados na massa dos folares e punhamo-los dentro de uma só casca no borralho. Isto, nos tempos em que a Playstation era uma miragem, pois se nem luz eléctrica havia...

Sobre a capela, embora mais recente, recordo as acalentadas discussões sobre a necessidade da sua construção, a sua localização e a inevitalidade de deitar abaixo a antiga. E claro, como na poça ou qualquer obra que se fizesse em Pedome, teria que haver discussão acalorada. Eram bons tempos.

Não, não é o Iraque, é em Pedome. Apesar da rua e da capela que já não existe, mantêm-se algumas semelhanças como o palheiro do Tio Luis.

Lindo o pormenor do rego por onde vinha a água da poça e fonte das maiores desavenças existidas em Pedome.

E as crianças, alguém as identifica?

A arte de fazer bom pão ainda não morreu em Pedome. Este que aqui se pode ver, acompanhou um apetitoso fumeiro. Regado com um belo tinto, claro está.

Onde andarão hoje estas criancinhas? Em Pedome não estarão todos certamente. A grande maioria estará certamente em Lisboa, Paris e arredores, Virgínia, Maryland ou New Jersey. Todos passámos por aqui, por esta bela escola, pisámos o famoso lageado, fomos ao gestal atrás do recreio, tivemos uma bola rasgada pelo Celaré no frenesim de proteger a vinha do filho. Fomos alunos das Donas, Estrelita, Fernanda ou Graça ou até de um famoso professor Arnaldo. Aqui também fomos felizes e aqui aprendemos a ser homens. Homens e Mulheres que ajudaram outras terras a progredir. Assim é a história do interior.

Mais neve em Pedome. Esta é a terceira vez que neva no espaço de pouco mais de um mês. Não é lindo? Naquela eira já se fizeram muitos bonecos de neve que duravam semanas.

Lembram-se do provérbio "A neve de Fevereiro derrete-a a velha com um peido"? Não é o caso.

P.S. Obrigado Digo pela foto.

Aproveitando o ainda fresco arquivo do Alvaro, dos tempos em que se cuidava dos bens nacionais, fica aqui um testemunho de que as estradas tinham manutenção, incluindo valetas, os grupos eram um misto de esforço sob o calor tórrido de Verão e a alegria das pessoas simples.
À memória dos que constam na imagem, a minha homenagem, aos familiares o mais apertado abraço.

Ah, já agora, devem ter reparado no painel do lado direito que atingimos hoje as 1 000 visitas. Exactamente, desde Outubro do ano passado, um blog sobre uma aldeia com menos de 30 habitantes, teve o interesse de mil visitantes. Notável...Parabéns a todos vós.
Armando Sena

Com a preciosa colaboração do Alvaro Madeira, podem apreciar uma verdadeira relíquia do passado e das tradições de Pedome. O tema é bem conhecido dos pedomenses, uma arruada, provavelmente motivada por uma raposa apanhada.

Do lado direito na foto, podem ver um pormenor muito interessante. Exactamente, a garrafa do trotil na varanda do Mário, mesmo ao lado dos famosos balaústres.

Os intervenientes, fica aqui o desafio para a sua identificação por todos os que queiram colaborar. Caso ninguém consiga, prometo dar a solução.

P.S. Obrigado Alvaro

Tempo de preparar as terras para as batatas. Vejam a pinta, o aprumo e o empenho do lavrador. Mesmo debaixo de chuva. Assim, também, se vive Pedome.
Ah, e está muito bonita a lavoura. Está sim senhor.

No dia em que em Pedome se andava de casa em casa a pedir os Reis, não podia deixar de os pedir também a todos vós: Darais-me os REIS.

Lado a lado, aqui está o que o nosso seguidor tanto ansiava e com o qual sonhava há muito. O buxo, um dos mais saborosos repastos da tradicional comida de Pedome. Este, digo-vos eu, estava divinal. Para o ano há mais.

Na paz e na tranquilidade de Pedome. Deleitando-se com as ervas que ainda despontam nesta altura do ano. Parece feliz e descontraído o jumento. Um bom ano para ele, para os donos e para todos vós.