quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Acabamos o ano com uma foto da ilustre capela de Pedome. Vamos pedir ao São Marcos que 2010 seja um ano muito mais cool do que o que acaba.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A nostalgia do fim de um dia de Inverno. Tempo de Natal, de visitar os amigos, de frio, neve, gelo e geada. Tempo de preparação para um novo ano.

Espero que o Natal, por onde quer que tenha sido, vos tenho corrido de feição. Agradeço comovido os votos expressos neste blog.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009



NATAL DE QUEM?

Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.
- Não esqueças o colorau,
- O azeite e o bolo-rei!
- Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?
- Já vão a caminho!
- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
- Não sei, não sei...
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
- Então e Eu,Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu, Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu, Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
- Foi este o Natal de Jesus?

"O meu mais belo poema de Natal"
de João Coelho dos Santos em "Lágrima do Mar" - 1996

domingo, 20 de dezembro de 2009



A primeira casa de Pedome vindo do fundo da quinta. Na praina, a caminho do ribeiro.
Não me lembro de alguém viver nesta casa. Diziam que aí dormia o Xoino, tendo uma vez ateado fogo na cama, com a pedra quente que levava para se aquecer nos dias de inverno.
Que é um local lindo, não restam dúvidas, como uma vista magnífica para as Antas e para o Cabeço. Está em ruínas, no entanto, a rua continua a estar iluminada à noite. Acho bem!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009


"No fim do dia, Manuel e o resto da rapaziada de Pedome regressava a casa. Esta já era uma rotina diferente. Cansados da escola, à espera do cansaço que ainda os esperava, a fome de um almoço deficiente ou inexistente e as dúvidas sobre o jantar nao o deixavam de modo algum tranquilo.
Próximo do fim do ano, mediante o fraco aproveitamento do João Moina, a professora chamou o pai à escola.
- Sr. José, o seu filho está muito fraquinho, disse a professora, referindo-se ao seu fraco desempenho escolar.
- Pois Srª professora, respondeu o Zé da Gaita com a voz meia engasgada com a atrapalhação. Sabe como é, todos os dias batatas e caldo, batatas e caldo...Retorquiu o pai do Moina, para quem a fraqueza era mais do estômago que dos miolos."

Excerto de "Na demanda do ideal"

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009


No dia de São Nicolau, ao contrário do que reza a tradição, não houve neve no pau. Sinceno sim, cerrado e com muita chuva à mistura. Tempo de palheira para estar ao lume a comer uma alheira.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


Satisfazendo o desejo do "gringo" aqui ficam duas fotos da ponte da pulga. Com as cores de Outono à mistura e um arreliador "sinceno" enquadrando o limite do concelho. Fica-me uma pergunta, a admiração pelo local, será pela ponte em si ou pela curva da estrada, de onte tanta gente e não só motociclistas, guarda menos boas recordações?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Este deverá ser um dos extremos ocidentais do concelho de Valpaços, na sua fronteira com o de Chaves, embora a placa na estrada esteja mais para oriente. Aqui começa então Pedome, no que ao limite geográfico diz respeito.
Neste lugar, pertencente à EN 103, está a ponte da Pulga (do Pulga, oficialmente), de triste memória para alguns e de boa lembrança para muitos, não fosse ela o ponto de entrada em Pedome.
A seguir, no sentido de Chaves, fica Tronco, essa terra de boa gente.