Este fim-de-semana leva-nos a Pedome por razões bem diferentes das habituais. Desta vez não é a alegria e a vontade de ver o nosso canto, o nosso "terrão". Desta vez é o dia dos fiéis defuntos que nos leva lá. Recordemos pelo menos os excelentes momentos que esses entes queridos nos proporcionaram.

O palheiro do Tio Luis. Uma lembrança de tempos idos. Da apanha do feno, da poeira que nos entranhava, nos secava a garganta que o Tio Luis depressa humedecia. O vinho, nem sempre óptimo, mas nunca em falta. O palheiro, tão baixo e com dois andares no interior, cheio de feno, cheio como um ovo.

Mais uma foto do famoso agrupamento PnC, esta com grande plano de grupo e populares.
Nesta arruada, estará seguramente presente metade da população da aldeia.

Desde as Antas, às Almas, passando pelo Sabiel. Percurso que faz lembrar o trasporte do feno. O penoso caminho das Antas, passando pelo ribeiro, subindo até às Almas, sim, porque pelo fundo da quinta era impossível. Este enredoso caminho, com mistura de cheiros ainda presentes, o fêno sêco, a humidade do ribeiro, o enxôfre acabado de por na vinha do Tio Luis, no Sabiel, é com estas memórias que vos deixo hoje.

Quem não tem memórias de infância passadas por aqui? Aqui, o coração de Lamadeiras, o forte de onde se governava esse reino de bem estar e de bricandeiras de infância. Daqui partiam as conquistas e se delineavam estratégias e coligações para os desafios vindouros. Confirmaram-se?

Das casas imponentes de Pedome, esta seria a mais imponente. A casa da Tia Irene, para os da minha geração.

A eira em frente da casa era um ex-libris de Pedome. Aí se suou muito nas malhadas e acarrejas. Suor de muitos que nem o pão que malhavam já lhes pertencia. Para esses também, a minha homenagem.

Vai um bilhó? Agora que as geadas começam a aprecer, aí estão elas, com a pele chamuscada, a alma suculenta enchendo-nos de um suave prazer que há-de entrar pelos rigores do Inverno.

Chegaram. Não é de Pedome, mas é da zona.

Isto é um Níscarro. Para os toninhos da cidade, não é um cogumelo, é um níscarro, dos castanheiros.

Aprendam.

A casa que se segue é a da Tia Bárbora. Era daqui que saía o Tio Bajalé com o gaiteiro, depois de apanhar uma raposa, para dar a volta à quinta. Grandes tempos.

Uma das maravilhas de Pedome, considerado por muitos um ícone da Terra, é o jardim da Tia Becidade. Aqui está ele, numa fase de fim de Verão. Parabéns à dona e aos seus oitenta e muitos anos.

É oficial. O Zé, filho da Rita, neto da Maximina e bisneto do Zé das Bouças, vai ser pai. Sendo amante de Pedome como poucos, ficam aqui os parabéns do blog com uma flor do seu próprio jardim.
Andreia e Zé, parabéns, feliciadades e força para tudo o que o futuro vos reserva.
Em nome pessoal do autor do blog, um abraço do tamanho do nosso amor por Pedome.

Mais uma dos artistas do "Pica na Cueca". Será que esta tira as dúvidas anteriores? Talvez não, mas vai haver mais. Pelo menos alguns são facilmente identificáveis. Será que os vamos ver a comentar? Paulo, estás aí?
Fazer foi fácil, manter dá um pouquinho mais de trabalho.

Aqui fica a primeira foto de uma das casas de Pedome.

Se a felicidade de um casal se medisse pela vista que se tem de casa, a Tia Albertina e o Tio Jaime seriam, sem dúvida, o casal mais feliz do universo.

Ainda existem. Parabéns à Ana Joaquina, ao Zé e ao Fernando que fizeram este lindo palheiro.
Está um espectáculo. Foi o único que vi em Pedome.

Chegaram as castanhas, depois das uvas. Tempo de geadas, o passado sábado foi um bom exemplo, a seguir às vindimas, o aconchegante calor das castanhas para provar a jeropiga.

Cá estão eles sequiosos à espera do precioso néctar. Pode-se ver o branco, no segundo pipo, a ferver já há oito dias.

Atrás, os restos do ano passado, em garrafão.

Seguramente, este ano há mais pipos do que vinho.

E lá estavam elas à espera de serem colhidas. Poucas, pequeninas, muito menos do que se esperava. Esperemos pelo menos que o vinho seja de estalo.

A vindima essa, apesar da escassez foi um espectáculo. O reviver de um são convívio. Um dia bem passado em Pedome.

Tempo de vindímas.

Aproximam-se as vindímas. Um ano que parecia desastroso para a vinha, parece ter melhorado em Setembro. Pouca quantidade mas melhor qualidade que no ano passado. Amanhã vamos confirmar se é mesmo assim. Depois, terão aqui as fotografias e a prova também, a adega estará aberta para todos. Assim era no tempo do "Carteiro" e assim terá que continuar a ser.
Até breve...