Tem destas coisas a primavera. Trás os dias grandes e a
exuberância das cores. Antigamente, quando a tulha do grão já tinha sido rapada
até ao fundo e a nova colheita ainda estava verde, era mesmo este colorido que
enchia a barriga. O resto, eram horas intermináveis à míngua.
terça-feira, 20 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
Açucada
Diz-se que, "muito esquece a quem não sabe" e, "quem sabe não esquece". Aplicam-se ambas as afirmações à excelência desta lavoura. A seguir à açucada, geométrica, a finalização do trabalho com a cobertura das batatas, de forma não menos "excelente". Em calções e, ao que parece, descalço. É obra.
quarta-feira, 7 de maio de 2014
A nora na América
Foi alvo de reportagem na RTM, numa rubrica sobre
portugueses de sucesso na América, um nosso conterrâneo, apresentado na
reportagem como Joe Tavares. Da reportagem retenho uma demonstração do amor do
nosso conterrâneo pela América e pela terra onde cresceu, bem como o seu
empreendedorismo e sucesso na América. Ficou-me para além de tudo o resto, uma
imagem inesquecível de uma nora que instalou no seu quintal. À pergunta da
jornalista Márcia Rodrigues, sobre o porquê daquela nora, a resposta de Joe foi
simples e pragmática: a nora lembra-me os tempos de infância em que passava
horas seguidas com um burro às voltas, para tirar água de uma nora.
Um excelente momento, uma excelente reportagem e um exemplo
de empreendedorismo, coragem e persistência.
sexta-feira, 2 de maio de 2014
À mãe
Graça
entrou com um saco na mão, pousando-o ao lado do pai, abraçou-o longamente
depositando-lhe um beijo na face.
Sem
palavras, porque são estas que tantas vezes, estorvando, nos tolhem o
exteriorizar de sentimentos, dirigiu-se à ainda estática Augusta.
Sentou-se
no seu colo, verteu a saudade em suspiros, deixou-se trespassar pela emoção e
rodeando-lhe o pescoço com os braços, exclamou:
- Mãe,
como tive saudades tuas!
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