quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009


O que foi feito da casa da Nia? Aqui onde meio mundo vinha à doutrina, de onde saíamos a correr depois de repetirmos de rajada os dez mandamentos, directos ao cimo da escada para saltar para a estrumeira de tojos.
Aqui onde por inúmeras razões fomos todos felizes já quase nada resta. Foi-se a dona depois de muito sofrimento, foi a casa, ficam os vizinhos e que fiquem por muito tempo.
À Nia, lá onde esteja, o nosso MUITO OBRIGADO pelas fins de tarde que nos proporcionava, nem que fosse por imposição dos pais.

2 comentários:

Anónimo disse...

E o fumo que apanhavamos, por isso ficamos bem curadinhos. Lembram-se do Videira que na doutrina só dizia a ultima parte de cada frase, na famosa lareira desta casa.

Anónimo disse...

Infelizmente, sinais dos tempos. vão-se desmoronando as imagens reais da nossa infãncia, ficam porém gravadas nos nossos corações. Penso que nenhuma criança dos anos 60 e 70 desconhecia esta casa. Por aqui passaram pelo menos a meia-hora dária que durava a doutrina. Aqui nos aqueciamos naqueles invernosos fins de tarde. Recordo a paciência do tio Abilio que aguardava na rua que a criançada saísse para ocupar o seu lugar à lareira. Não posso deixar de realçar o carácter e bondade da Nia, que a todos acolhia e procurava ensinar o que sabia e com toda a benevolência nos ia aturando as tropelias. Aos doi, o meu bem hajam. É com enorme carinho que são por mim recordados.