domingo, 11 de janeiro de 2009

Aproveitando o ainda fresco arquivo do Alvaro, dos tempos em que se cuidava dos bens nacionais, fica aqui um testemunho de que as estradas tinham manutenção, incluindo valetas, os grupos eram um misto de esforço sob o calor tórrido de Verão e a alegria das pessoas simples.
À memória dos que constam na imagem, a minha homenagem, aos familiares o mais apertado abraço.

Ah, já agora, devem ter reparado no painel do lado direito que atingimos hoje as 1 000 visitas. Exactamente, desde Outubro do ano passado, um blog sobre uma aldeia com menos de 30 habitantes, teve o interesse de mil visitantes. Notável...Parabéns a todos vós.
Armando Sena

4 comentários:

Anónimo disse...

Esta bela foto faz-me recordar os tempos em que tambem trabalhei na estrada, mesmo aí, nesse sitio, perto da ponte de rebordelo, se não estou enganado, juntamente com o saudoso tio Zé, que Deus tenha. Ele é, aliás, o único que conheço.

Anónimo disse...

Também andei por estas bandas quando tinha os meus 8, 9 anos regalava-me de atirar pedras arredondadas para se estatelarem no rio rabaçal, os da fotografia, meu saudoso Pai, Benjamim de Vilartão, Judite e marido Zé, das Bouças e o outro é das Bouças mas não sei dizer quem é. Um abraço a todos

Anónimo disse...

Não posso deixar passar esta foto sem comentar a figura principal: Zé Cantoneiro. Contigo passei momentos inesqueciveis nessas muitas curvas da estrada por onde trabalhamos. Comi do teu farnel e tu do meu. Bebi muitas vezes do teu cantil. Contigo, aprendi muito e, muito mais aprenderia não tivesse o destino te levado tão cêdo. Recordo com nostalgia, uma noite na festa de Mirandela, porque o dinheiro não dava para mais, partilhamos ambos a única pastanisca que pudemos comprar.

Anónimo disse...

Este blog, de facto, serve para muitas coisas. Rimo-nos, recordamos, emociona-mo-nos e até choramos. Foi o que me aconteceu ao ler o comentário do trigueiriça. A forma como falou do Zé cantoneiro troxe-me uma lágrima marota ao canto do olho.Já antes a nostalgia me fez chorar. Não pude ficar indiferente quando vi a fotografia da Helena, da Alice, do Zé das Bouças, do Madeira, do xoino, do bajalé etc.. Infelizmente todos já partiram e deixaram-nos mais pobres. Todos eles, juntamente conosco, eramos um grande família. Pedome era assim, uma grande família que comungavam alegramente as dificuldades da vida de então. Eram outros tempos, é verdade, mas bem diferentes dos actuais. As malhadas eram uma festa, as vindimas, o arranque das batatas, a limpeza da poça e dos regos, o amanho do forno e as fornadas de pão partilhadas por todos. As conversas na capela, as tropelias dos garotos que roubavam as galinhas e os coelhos para uma tainada, e chatiavam o Ladário. Tudo era no mais sádio convivio. Como era bom viver em Pedome. Esperar a carreira, jogar à bola na estrada, com quatro pedras a servirem de balisas. A mota de madeira do João gaiteiro, a bicicleta do chico, o Alvaro que insistia em tomar banho de balde na poça, a Maria Astride que fumava uns cigarritos na cimo da escada da Tereza, olhada de lado pelas velhotas que iam passando. Era bonito.