quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Nadir Afonso

Nadir Afonso era uma pessoa simpática, carismática, com quem me habituei a cruzar nas ruas de Chaves. Era para além disso, um grande artista, um dos maiores de Trás-os-Montes e, com enorme orgulho próprio, nunca deixou de ter aquele toque transmontano que tanto nos orgulha.
Hoje, morreu um grande homem. A ele, a minha homenagem.

Armando Sena


Nadir Afonso nasceu em Chaves, em 1920, e estudou arquitetura na Escola de Belas-Artes do Porto. Partiu para Paris em 1946 para estudar Pintura. Por intermédio de Portinari obteve uma bolsa de estudo do governo francês. Colaborou com Le Corbusier. Mudou-se depois para o Rio de Janeiro, onde trabalhou com Oscar Niemeyer. Trabalhou como arquiteto até 1965 ao mesmo tempo que desenvolvia trabalho como pintor abstracionista.
Tinha completado 93 anos no dia 4 de dezembro.
Foi distinguido em 1967 com o Prémio Nacional de Pintura, em 1969 com o Prémio Amadeo de Sousa-Cardoso e ainda condecorado com o grau de Oficial (1984) e de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (2010).
A última grande exposição do pintor realizou-se no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, e também no Museu Nacional de Arte Contemporânea, em 2010, e também foi alvo de uma retrospetiva em 1970, na Fundação Calouste Gulbenkian.
O Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, e o Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa dedicaram grandes exposições ao pintor, em 2010.

Fonte: Público

8 comentários:

Alda Luisa Pinheiro disse...

Conheço pouco da sua arte, mas acredito que fica mais pobre a nossa cultura!

trepadeira disse...

Ainda há pouco se fez uma exposição na galeria de arte do Teatro Municipal da Guarda.
Muitas vezes nos cruzamos e conversamos ali pela nossa terra de nascimento.
Uma ou outra conversa na Casa de São João, onde ele comprava os materiais, um ou outro café ali pela Geraldes.

Abraço,

mário

RioLivre disse...

Contente mais uma vez em descobrir outra personalidade transmontana,
sím é raro encontrar humildade nos artistas, o narcisismo é proprio deles
no caso contrário não seriam artistas ...

Armando foi certamente interessante encontrar e descutir com pessoas desse
calibre, por acaso tinha esta pergunta quer na pintura, quer na literatura,
a primeira dificuldade do vosso trabalho deve ser :
como saber que os profanos que nós somos, percebem, sentem exatamente
o mesmo que vocês quiseram transmitir ?

Saudação MRP

RioLivre disse...

Contente mais uma vez em descobrir outra personalidade transmontana,
sím é raro encontrar humildade nos artistas, o narcisismo é proprio deles
no caso contrário não seriam artistas ...

Armando foi certamente interessante encontrar e descutir com pessoas desse
calibre, por acaso tinha esta pergunta quer na pintura, quer na literatura,
a primeira dificuldade do vosso trabalho deve ser :
como saber que os profanos que nós somos, percebem, sentem exatamente
o mesmo que vocês quiseram transmitir ?

Saudação MRP

Armando Sena disse...

Caro amigo Zeca, na minha qualidade de leitor, considero a interpretação do que se escreve, um momento de liberdade suprema. Cada um interpreta da forma que mais lhe aprouver.
Abraço a todos.

RioLivre disse...

Tal é a problemática, na medida em que a pessoa recebendo a arte tem a liberdade de interpretação (porque sente com a sua imaginação) não será que distorça a mensagem do criador ?
Por isso estava perguntando se não era uma preocupação para os artistas, tal como te podemos considerar .

Um abraço

RioLivre disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Armando Sena disse...

Amigo Zeca, para complexa já basta a vida, a leitura tem que se tornar simples ;)
Um grande abraço.