quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pela sua originalidade e beleza, fica aqui uma verdadeira obra de arte que a Graça pôs como momentário no post sobre os su moínho, ele também uma obra de arte.

Dada a insistência, aí vai a história/cantilena, relacionada com os moleiros e as maquias que recebiam, ou queriam receber:


Ai saco, sete maquias te rapo

uma por te levar,

outra por te trazer

outra pró moínho moer

outra pró burro comer.


Vem a Maria tira a maquia

vem o João tira o quinhão

vem o criado, este saco

não está bem maquiado.



Vem o patrão e diz

deita-o pró canto

eu tiro-lhe outro tanto.



Se não fosse por temor a Deus


e uma alma pra salvar

nem a baraça lhe havia de deixar.

1 comentário:

Graça Gomes disse...

Penso que houve uma falha minha. Não referenciei que a "cantilena" é popular. Desde criança que a ouvi e a reproduzi, mesmo quando, ainda, não sabia o verdadeiro sentido das palavras.
Dizia-a de "fio a pavio" e os meus pais achavam-me imensa piada.
Os moínhos são, efectivamente, uma obra de arte. Neste momento, em decadência. Mas estou certa de que melhores dias virão...