segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O blog, esteve de férias, melhor, o autor do blog. A actividade, essa manteve-se. Um dos comentários, pela sua beleza e relevância deixou-me sensibilizado e de certa forma orgulhoso. Sinto-me na obrigação de o trazer às luzes da ribalta da primeira página, na íntegra. Está aqui uma prova de que este é também um espaço lúdico.

Eu não sei o que é preciso para ser admitido na comunidade de Pedome, mas confesso que gostaria. Estive a pensar que a Graça também não pertence,mas age como se de Pedome fosse. confesso que entendi logo porquê. O Armando Sena, autor do Blog, foi aluno dela... troca de influências!
Perante isto resolvi submeter-me a uma prova de fogo, que deixo à apreciação do administrador do Blog.
Vou escrever um texto em pedomês e seja o que Deus quiser:
« Os moínhos da Graça estão esborralhados e ficaram assim porque vieram muitas zervadas, parabenas, sinceno e carambinas. As raçadas de sol também ajudaram tantinho.
O moleiro que era um blouro e aboucava as pessoas com a sua voz esganiçada, deixou os moínhos escangalhados, em vez de os ir guiando aos poucos. Escanava durante o dia e só era listo para receber a maquia. Fugia logo para a loija e mercava uma litrada de trotil. Com um carôlo e um cibinho de chicha ficava todo upado.
Depois metia a fuça na palha e caneava, enquanto o moínho gemia...»

Até tenho vergonha de dizer o nome.
Mais tarde o farei.


Cá está. Haverá mais a seguir a este.

9 comentários:

Mário disse...

De facto o texto está bom. Para quem não é de Pedome não se saiu nada mal. Por mim estás admitido, com a condição de passares na prova de fogo: beberes uns canecos na adega do carteiro. Claro que este vinho é genuinamente de Pedome e não importado da terra quente como o da Professora Graça.

Graça Gomes disse...

O texto/comentário a que o Armando deu honras de primeira página, está fabuloso, já tive a oportunidade de o referir. O anónimo aprendeu bem a lição e presenteou-nos com uma pequena produção, escrita em "pedomês", do mais puro, do mais genuíno.
Eu acho que aprende bem, quem é bem ensinado. Parabéns, Armando. O teu/nosso Blog está a cumprir os seus objectivos.
Olha lá, Mário: Já alguma vez bebeste em minha casa? Provavelmente algum copinho de leite... ou então, água, só água, do cano, ou do poço que é mais fresquinha. Beijos para os manos Sena.

Mário disse...

De facto nunca aí bebi vinho, presumo porém que será do bom, a havê-lo. Tenho em mente que tinham vinhas na terra quente. Beijos professora.

Graça Gomes disse...

Mário, tens razão. Tinhamos e continuamos a ter, os terrenos, porque as vinhas... "foi chão que deu uvas".
Nem todos têm a capacidade de trabalho, o empenho e a dedicação aos bens herdados. Vós, irmãos Sena, sois uns fieis seguidores do trabalho dos vossos pais, o que demonstra, também, uma grande sensibilidade.
E, sobretudo, um grande amor à vossa terra. Beijos de admiração

Anónimo disse...

Estou crencho mui crencho, por me sentir tão apaparicado.O Armando e
o irmão, não gemelgo, só irmão, deixaram-me todo impertigado. Já sou tantinho de Pedome. Só falta a
prova do trotil, na adega do Carteiro, junto do cabanal. Eu estou aspadinho para começar a impinar o tintol, que é do melhor, e não um gamechâme qualquer. Até
alustro, quando me lembro...
Como não sou biqueiro, para comer bonda um carôlo com tantinha bucheira de peguilho, ou um cibo de carne rijada.
Se for tempo disso caem bem uns bilhós. Deito as manápulas a uns canhotos e capões e sou listo a fazer umas brasas.
Também posso arrefuxir as mangas para ajudar no guizote. Sou pau para toda a colher...
O mais certo é eu sair da adega do Carteiro de gatas, encostado a uma aguilhada ou então às carrichas de algum mais valente.
Se ainda puder, entro pela canelha que vai até ao rigueiro, tiro os carpins e meto os pés na água. Faz bem ao toutiço.
Só espero não esbarrar com alguma parede esborralhada, para não ficar esmoucado.
Armando, Mário, já sou um dos vossos. Até mais ver.

"Quase parecia o de Aguiar da Beira que gritava - mãe já sou Ministro..."

Anónimo disse...

Estou crencho mui crencho, por me sentir tão apaparicado.O Armando e
o irmão, não gemelgo, só irmão, deixaram-me todo impertigado. Já sou tantinho de Pedome. Só falta a
prova do trotil, na adega do Carteiro, junto do cabanal. Eu estou aspadinho para começar a impinar o tintol, que é do melhor, e não um gamechâme qualquer. Até
alustro, quando me lembro...
Como não sou biqueiro, para comer bonda um carôlo com tantinha bucheira de peguilho, ou um cibo de carne rijada.
Se for tempo disso caem bem uns bilhós. Deito as manápulas a uns canhotos e capões e sou listo a fazer umas brasas.
Também posso arrefuxir as mangas para ajudar no guizote. Sou pau para toda a colher...
O mais certo é eu sair da adega do Carteiro de gatas, encostado a uma aguilhada ou então às carrichas de algum mais valente.
Se ainda puder, entro pela canelha que vai até ao rigueiro, tiro os carpins e meto os pés na água. Faz bem ao toutiço.
Só espero não esbarrar com alguma parede esborralhada, para não ficar esmoucado.
Armando, Mário, já sou um dos vossos. Até mais ver.

"Quase parecia o de Aguiar da Beira que gritava - mãe já sou Ministro..."

Anónimo disse...

Só não entendo como saiu logo uma fotocópia... coisas das novas tecnologias! Um abraço.

O PROVEDOR disse...

Ó anónimo, continuas bem, embora, parece-me, menos inspirado. Não te esqueças, que apesar de teres sido admitido, penso eu, já que ninguem se opôs, terás de te assumir. Sim, deixares de ser anónimo. Ou vais querer enfrascar-te de vinho como anónimo? Anonimos, na adega não entram.

GRINGO disse...

O Ex;Sr anonimo, diga-me por favor quem e'" vocemece", que estou com uma curiosidade tamanha de saber quem e.