sexta-feira, 27 de março de 2009

Rico é quem tem no seu álbum fotos assim.
Ninguém resistirá, ao ver esta foto, à recordação das missas do Padre Daniel. Aquelas que após um período de espera que podia ir dos 10 minutos às duas horas, terminavam num breve quarto de hora.
Aqui, assistíamos ao saudoso Padre, a celebrar de costas para toda a gente. Aqui havia as via sacras da Laura e o mês de Maria da Ana Joaquina. Aqui, todos ficávamos extasiados com a voz potente do Tio Manuel Ferrador.
E como é a vontade do fotógrafo e diria, de todos nós, dedica-se este post à Nia. Ela que tanta paciência teve para todos e que fazia com que esta capela fosse um local digno.

P.S. Obrigado Álvaro.

6 comentários:

Anónimo disse...

linda esta foto e carregada de saudades dos tempos de criança, quando também se tocava ao trovão até deitar a sineta abaixo. Soninhos que dormiamos ao som do mês de Maria lido pela Joaquina.

Anónimo disse...

Também eu tenho saudades dessa capela, da primitiva, essa com a qual todos os pedomenses se identificavam. As memórias religiosas dessa gente estão ligadas à capelinha que a todos albergava para a oração.
Das minhas memórias faz parte as vezes que toquei na sineta. Sempre que por ali passava era obrigatório.
Depois...pernas para que vos quero!

O Adro disse...

Pois é, foi-se e veio outra. Alargou-se o adro. Bem hajam os beneméritos que souberam despojar-se dos terrenos. Lembram-se, em tempos foi da Luisa. Aí cultivava as batatitas. Hoje é o adro. Pois é. Quem ficou a ganhar? Pedome, talvez. Será? Diz-se, fala-se, enfim, é o adro.

Anónimo disse...

Aproveito aqui para demonstrar o meu desagrado com o que se tem feito ao S. Marco, em tempos que já lá vão, no dia da festa, como ele se sentia feliz com a sua grinalda de flores, ao colo do mordomo que seguia em procissãoaté às poças ao encontro da ladainha que vinha de Lebução conduzida pelo saudoso Padre Daniel.
Passado estes anos todos, vieram os novos ricos, fizeram-lhe uma plástica, tiraram-no do altar, onde outrora ele era rei, e colocaram-no numa prateleira,fazem uma grande festa, mais profana que religiosa, com música, foguetes e baile.
Infelizmente, nos dias que correm, já nada lhe fazem.
Tirem-no da prateleira, ponham-lhe de novo a grinalda e toca a dar a volta à capela como faziam os antigos e vão ver como ele ficará agradecido.
Por agora é tudo, até breve.

Mário disse...

Anónimo, estiveste bem. Estás coberto de razão. Noutros tempos, em que a pobreza a todos aproximava era de louvar o aprêço que todos sentiam pela saída do S. Marcos. Era um acerimónia simples mas sentida e, sobretudo querida, aquela que descreves. No entanto era um sentimento de gratidão e homenagem ao santo. Quizeram inovar, imitando os outros, desbaratando o que havia de mais genuino e o resultado está à vista. Nada. No meio de recambolescas intrigas, inchados pela bazófia parola de que bonito era uma festa rija com banda de musica que só tocava à porta dos mentores, lá durou uns anitos. É pena, lamenta-se que nem o cuidado tivessem de a repor como nunca deveria ter deixado de o ser.

Anónimo disse...

Pois é deixa saudades, mas será que era melhor não se recuperar nada e deixar que caísse em ruínas como está a acontecer com as casas velhas de Pedome?
Temos que saber acompanhar a evolução dos tempos em todas as vertentes!!!