terça-feira, 18 de novembro de 2008


Um dos belos e muitos moínhos de Pedome. O moínho do Pimentel, onde todos passámos bons tempos de frescura à beira do ribeiro. Para a dona, frequentadora também deste blog e minha professora na escola primária, fica aqui um grande beijo e uma prova de reconhecimento. Muito obrigado Graça.

40 comentários:

Anónimo disse...

Ó Gringo recordas-te quando foste buscar ao fundo destes buracos um cão do sapateiro e que não soube fazer marcha a tras? Estiveste bem, sem dúvida. Mas quando saíste vinhas mais chateado que o cão.

Anónimo disse...

Ei o' meu como te lembras disso?e' certo que me amarraram pelos pe's e mandaram-me la baixo,quando sai' sentia-me como o heroi do bairro . o problema , foi quando lhe pedi, para me deixar dar uma voltinha na mobilete. mandou-me dar uma voltinha a pe'.eu todo confiante que vos ia deixar com agua na boca. "ficastes foi todos a rir-se de mim".
Que tempos!!

Graça Gomes disse...

Parabéns Armando. Parabéns pelo Blog e, consequentemente, por tudo quanto tens feito em prol da terra que te viu nascer e que tu tanto amas.
Os relatos de vida e todos os registos que trazes a lume, são verdadeiros tesouros e constituem um património de valor incalculável.
Boa sorte para o projecto.
Tenho um orgulho enorme de teres sido como aluno. Um beijo grande. Graça Gomes

Graça Gomes disse...

Armando, para que não restem dúvidas vou fazer uma pequena correcção. Outra coisa não seria de esperar.
«Tenho um orgulho enorme por teres sido meu aluno». Parabéns

Anónimo disse...

Estes são realmente os moínhos da prof. Graça, Um sítio lindo de morrer, como ela diz sempre.
É um lugar verde, muito verde,onde o silêncio só é cortado pelo canto da passarada. Já lá estive algumas vezes e penso voltar mais. Para o autor do Blog uma inf.: Foi apresentado publicamente, em Valpaços, um livro sobre os moínhos do Concelho,
escrito pelo Dr. Adérito freitas e patrocinado pela Câmara Municipal. Os de Pedome, como é óbvio, também lá figuram.

Carla Sofia disse...

Ainda ontem estive nestes moínhos. O lugar é do mais lindo que se possa imaginar. Os verdes multiplicam-se em diversas tonalidades e contrastam com o azul do céu. Um beijo para a dona, minha amiga de longa data.

Agostinho disse...

Eu não conheço os moínhos da Graça. Conheço a belíssima fotografia que o Armando Sena captou e, em abono da verdade, fiquei com água na boca.
Graça para quando um convite? O tempo está excelente para uma merendola. Fico a aguardar.
Saudades.

Paulo Dias disse...

Divagando pelo Blog "Pedome ao encontro..." deparei com um registo
de moínhos que concluí pertencerem à prof. Greça. Fiquei com grande vontade de os conhecer, até porque já os vi referenciados no livro do Drº Adérito Freitas. Qualquer dia, com ou sem autorização, vou invadir esse espaço. A visita dá lugar a merenda?

Graça Gomes disse...

No pacote está incluído almoço, merenda, jantar, ceia e uma recordação para levar para casa. Agrada-te Paulinho?
Já me esquecia dizer que a visita é guiada. Fico a aguardar as primeiras inscrições.

Zé e Zé disse...

Navegando pela Internet deparo com um Blog de Pedome, uma aldeia muito próxima de Lebução, localidade onde eu passei belíssimas férias.
O meu pai chamava à casa da professora Graça "a Albergaria Pimentel". Havia sempre lugar para um amigo.
Há anos que não visito Lebução, mas vou pensar seriamente no assunto, porque sei que lá terei sempre "uma porta aberta".
E irei visitar, não pela primeira vez, os famosos moínhos de Pedome.
Já agora vou pedir ao Armando Sena, administrador do Blog, que introduza mais algumas fofografias dos referidos moínhos. Bem haja

Carlos C. Branco disse...

Mas afinal o que têm de tão extraordinário uns moínhos a cair de velhos no meio de mato? só se for a área envolvente, que realmente é linda! Agora quanto a moínhos foi chão que deu uvas, que é como quem diz, foi moínho que deu farinha. No entanto também quero voltar a ver essa oitava maravilha do Mundo.
Estes tansmontanos são únicos!
E a Graça não foge à regra.

Carlos C. Branco disse...

Ora aí está. "Afinal havia outro". Pensavas que só tu tinhas um moínho sem telhado? Não, o Almeida também tem um. E aposto contigo, Gracinha, que não anda tão importante por esse facto. Acho que sei o que estás a pensar neste momento. Pois, mas o meu é único!
Eu só posso dizer que numa coisa eles são iguais:
Não têm chapéu e são de Pedome.

Graça Gomes disse...

Uns moínhos a cair de velhos no meio do mato nada têm de extraordinário, mas que já fizeram falar muita gente, lá isso fizeram.
E fizeram outras coisas bem mais nobres: com o seu laborar levaram «o pão nosso de cada dia» a muitas casas, onde reinava a pobreza.
Sou transmontana assumida, nascida e residente. Gosto de viver assim, aqui. Para mim ser transmontana também é uma religião.

Carlos C. Branco disse...

Afinal os moínhos não são tão iguais assim. O do tal Almeida é mais pequenito e caiu mais em ruína. Eu estava enganado e, dou a mão à palmatória. Os moínhos da Graça são dois e facilmente recuperáveis. E ainda tem uma casa de apoio, do género dos moínhos, o que forma um conjunto interessantíssimo. Além disso tem uma área circundante que é do mais belo que já vi. Um abraço.

Agostinho disse...

Em abono da verdade, considero que os teus moínhos correm sérios risco de serem considerados a oitava maravilha do Mundo. Bem vês, têm sido mais falados do que as próprias.
Pronto. Rendo-me à evidência e convido-te a avançarmos com a candidatura. Terás todo o meu apoio, como sempre. Beijo.

Zé e Zé disse...

Rendo-me à evidência. Moínhos há só uns, os da Graça e mais nenhuns.
O tal Almeida que se cuide, porque arrisca a que o seu fique ofuscado pelo brilho dos da Graça. E, realmente, aquele conjunto, no meio de tanto e tão diverso verde é obra da natureza. Vou voltar. Acho que no Outono, porque gosto do campo nessa época do ano.
Até sempre.

Luis Branquinho disse...

Vou entrar neste Blog não porque conheça Pedome, ou alguém aí residente, mas porque tenho uma grande ligação à Associação Portuguesa de Molinologia e, como é óbvio, interesso-me por tudo o que se relacione com moínhos.
Achei interessantíssimos os vossos comentários e impregnados de humor. E cheguei a uma conclusão óbvia, que a professora Graça tem uma estima especial por uns moínhos que possui em Pedome.
É de louvar a sua dedicação a uma causa quase perdida, dado o estado de degradação em que se encontra a maioria desses engenhos artesanais, que no sec. passado laboraram em todo o seu explendor.
Desejo que continue a dedicar-se a esta "missão" tão nobre.

João E. Santo disse...

Os moínhos da professora Graça podem não ser a oitava maravilha do mundo, mas que é um lugar duma beleza invulgar, lá isso é. Vale a pena sair de Pedome, em direcção à Pulga por um caminhito próximo do ribeiro e inebriar-se com tudo que nos rodeia. É a natureza no seu estado mais puro. O cheiro forte das giestas combina com outros, que nos fazem despertar os sentidos.
E o céu, muito azul parece pertinho de nós...

Graça Gomes disse...

Os comentários referentes aos meus moínhos, deixam-me sempre de sorriso rasgado, quer pela carga de humor de que vêm impregnados, quer por outros motivos menos óbvios, mas que me reconfortam a alma.
É evidente e notório o carinho que tenho por aquele pedaço de terra onde estão implantados os moínhos. Desde cedo me habituei a pisar o local e a admirar esses engenhos primitivos, que transformavam o centeio em farinha que ira dar lugar ao pão da nossa alegria, alimento de ricos e pobres.
Quando o moleiro deixou de labutar, juntávamos a família e os amigos de Pedome à volta de apetitosas merendas, pretexto para convívios à sombra refrescante dos amieiros.
Ao Drº Luís Branquinho agradeço as palavras elogiosas com que me brindou. Mais não faço do que preservar, com muito amor,aquilo que os meus pais me legaram como herança.

Agostinho disse...

Gostei da carga emotiva do teu comentário.
Duma maneira subtil e perspicaz respondeste a todos os que tivemos a "ousadia" de nos manifestarmos sobre os teus moínhos - alguns com conhecimento de causa, outros nem tanto.
O certo é que nos brindaste a todos, ou quase, com palavras certeiras: outra característica dos transmontanos é precisamente dizerem o que pensam sem falsos puritanismos. E eu, que te conheço bem, diria: "a Graça no seu melhor". Saudades

João Pires disse...

O apresentador de Televisão diz, ou dizia, cuidado com a "Língua". Eu acnselho-te que tenhas muito cuidado com as palavras. A Graça não gosta de as invocar em vão.
Recorde-se a resposta que deu a um comentarista anónimo, que considerou a sua opinião sentida. Portanto, relembro - "cuidado com as palavras".
Graça, o moínho já está a funcionar?

Graça Gomes disse...

Estou à espera da tua experiente ajuda. Então, acredito, os moínhos serão recuperados.
Vês como admiro a tua propensão para o trabalho?

Anónimo disse...

Eu não sei o que é preciso para ser admitido na comunidade de Pedome, mas confesso que gostaria. Estive a pensar que a Graça também não pertence,mas age como se de Pedome fosse. confesso que entendi logo porquê. O Armando Sena, autor do Blog, foi aluno dela... troca de influências!
Perante isto resolvi submeter-me a uma prova de fogo, que deixo à apreciação do administrador do Blog.
Vou escrever um texto em pedomês e seja o que Deus quiser:
« Os moínhos da Graça estão esborralhados e ficaram assim porque vieram muitas zervadas, parabenas, sinceno e carambinas. As raçadas de sol também ajudaram tantinho.
O moleiro que era um blouro e aboucava as pessoas com a sua voz esganiçada, deixou os moínhos escangalhados, em vez de os ir guiando aos poucos. Escanava durante o dia e só era listo para receber a maquia. Fugia logo para a loija e mercava uma litrada de trotil. Com um carôlo e um cibinho de chicha ficava todo upado.
Depois metia a fuça na palha e caneava, enquanto o moínho gemia...»

Até tenho vergonha de dizer o nome.
Mais tarde o farei.

Graça Gomes disse...

Estou admirada com tanto saber.
O Blog, ou mais concretamente, a lista de termos usados em Pedome, já ensinou alguém a falar em pedomês. E fê-lo com grande mestria, com conhecimento de causa.
Agora mostra a tua "fuça", (em pedomês falando) que é como quem diz, dá-nos a conhecer quem és.

João Pires disse...

Que facilidade de aprendizagem e de integração, presumo, a deste anónimo!
Eu fiquei boquiaberto depois de ler esse texto em pedomês, do mais genuíno. Tivesse eu, nas minhas mãos, o poder de decisão e estavas admitido, sem qualquer restrição, na comunidade pedomense.
Força! continua que vais longe...

Anónimo disse...

Eu também quero...

Anónimo disse...

Eu também quero...

Agostinho disse...

Eu sei que preservar o pedomês é o principal objectivo deste Blog (já foi dito algumas vezes pelo Armando Sena). Mas, relacionado com este Post, estão os moínhos da Graça. Não vamos tirar-lhe o protagonismo que têm.
Eu quero vê-los a funcionar e, provavelmente, candidatar-me-ei ao posto de moleiro. Vendo bem as coisas, só tenho a ganhar com isso.
O trabalho de moleiro não mata - é
o que dizem - e poderei tirar partido de coisas até agora quase inacessíveis.
- O nascer e o pôr do sol, o cantar da passarada, a brisa fresca da Primavera, o murmurar das águas do ribeiro...
Não posso esquecer as maquias porque moleiro que se preze não perdoa uma maquia bem tirada.

Graça Gomes disse...

Eu ainda hei-de contar uma história acerca das maquias cobradas por certos moleiros menos honestos. Mas fica para uma próxima, porque agora não me recordo da cantilena toda.
estou convencida que a dita crítica não se refere a nenhum moleiro de Pedome.

João Pires disse...

Graça, para quando a história, referente às maquias que os moleiros, indevidamente, recebiam?
Aguardo, impaciente.
Abraço

Agostinho disse...

Todos nós sabemos que os moleiros de Pedome sempre se pautaram por critérios de rigor e honestidade. Ou não pertencesse Pedome à freguesia de Lebução... o que eu tenho aprendido ultimamente!
Portanto queremos ouvir a história das maquias, excluindo, como é óbvio, os célebres moleiros de Pedome.
Saudades

Anónimo disse...

Saber esperar é uma grande virtude! Já dizia a Mariquinhas...
A seu tempo se conhecerá a tão falada história de moleiros e maquias.

Graça Gomes disse...

Dada a insistência, aí vai a história/cantilena, relacionada com os moleiros e as maquias que recebiam, ou queriam receber:

Ai saco, sete maquias te rapo:
uma por te levar, outra por te trazer
outra pró moínho moer
outra pró burro comer.

Vem a Maria tira a maquia
vem o João tira o quinhão
vem o criado, este saco
não está bem maquiado.

Vem o patrão e diz:
deita-o pró canto
eu tiro-lhe outro tanto.

Se não fosse por temor a Deus
e uma alma pra salvar
nem a baraça lhe havia de deixar.

Anónimo disse...

Esses moleiros já deviam ter uma certa propensão para a política. Eles maquiavam e tornavam a maquiar e o freguês que se lixasse...E ainda temiam a Deus!
Faz-me lembrar uma canção do saudoso Zeca Afonso, Os Vampiros, cujo refrão dizia: Eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada, uma clara crítica ao antigo regime e perfeitamente ajustável ao actual.

Anónimo disse...

Pobres moleiros, que infeliz comparação!
Não me parece que o Xoino tenha alguma coisa a ver com o Sócrates ou o Prua com o Cavaco. Se eles estivessem entre nós, tenho a certeza que se iriam insurgir contra esta comparação.

Graça Gomes disse...

Temos que admitir o que é evidente.
Os comentários, efectivamente, descambaram, no pior sentido. Já entraram na política e, diga-se, em abono da verdade,que a comparação não foi nada feliz.
Os moleiros tinham uma vida dura, de trabalho, muito trabalho, sacrifícios vários e muita solidão.
Digam-me se tem alguma semelhança com a riqueza, opulência, ostentação, enfim com a vida principesca que leva a maioria dos políticos? Qualquer semelhança é pura ficção...

João E. Santo disse...

Já tenho data marcada. Em Outubro irei, mais uma vez, a Lebução. E não resistirei a fazer uma visitinha a Pedome. A primeira paragem, obviamente, será na adega do Carteiro. Depois visitarei o forno, a Capela, o jardim da srª Becidade, o espelho de água e a água do cano. A casa (diferente das demais) do srº Armando será ponto a visitar. Subirei às Antas, a Lamadeiras e ao Cabeço. Não poderei esquecer o Prado Novo e o Vale Jambinho.
A última etapa será na direcção dos moínhos da Graça, onde me aguardará uma merenda e tanto...à boa maneira transmontana. Eles, transmontanos, são peritos na arte de bem receber! Um abraço, GRAÇA.

Graça Gomes disse...

Nos tempos em que se cantavam, porque fazia todo o sentido, canções de intervenção, eu gostava particularmente duma, do genial Zeca Afonso, intitulada "Traz Outro Amigo Também".
Do poema faziam parte os seguintes versos:

"Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem..."
Mais palavras para quê?
Acompanhar-te-ei nessa visita
por Pedome. Prometo.

Anónimo disse...

Eu também quero ir... mas ainda não fui convidado.
O que poderei fazer para cair nas boas graças da Graça?

Graça Gomes disse...

Há quem diga que anónimos na adega do carteiro não entram. Acho bem.
Eu acrescento; anónimos não são convidados. Porquê? Pelo simples facto de serem anónimos.
Tão simples quanto isto!