domingo, 15 de março de 2009

Quem diria. Nem se tinha ainda chegado ao meio de Março e aí estava o primeiro incêndio em Pedome. Um incêndio igual às outras dezenas que fustigaram o mato em redor nos últimos 30 anos. Começou no sítio do costume, na Fontinha e lá foi lavrando ao sabor do vento. Os suspeitos, os do costume.
Eram 19 horas quando começou e levou pouco mais de duas horas a que os bravos bombeiros de Lebução o conseguissem dominar.
Mas, eis que por volta da meia noite o desgraçado do incêndio se reacende. Na aldeia, a população cansada pela sementeira da batata ou abatida por mais uma derrota do Benfica, já dormia. Tocou a dois notívagos a preocupação. Desatam a telefonar para as entidades competentes e é aí que se percebe que viver no recôndito interior é um perigo.
De Vila Real, ao telefone diziam que não havia meios, os bombeiros de Lebução só trabalham de tarde, os de Valpaços estavam noutro incêndio e como o incêndio ainda estava a uns trezentos metros do concelho de Chaves, estes não poderiam intervir, nem sequer os da Castanheira que estavam a pouco mais de um quilómetro.
Perante a nossa incredulidade e persistência aconselharam-nos a ligar para a protecção civil de Valpaços que supostamente teria a jurisdição do assunto.
Aí então, veio ao de cima toda a inoperacionalidade do sistema. A Engª de turno responsável da protecção civil de Valpaços, depressa nos disse que não havia nada a fazer, não havia meios. Mostrando toda a incapacidade, seja por inutilidade própria ou por falta de autoridade que lhe permita fazer a coordenação dos meios, foi-nos claramente explicado que não havia mesmo nada a fazer. Perante os factos de que havia habitações em perigo, dada a proximidade, foi-nos então referido que seria contactado o Sr. Presidente da Câmara, o qual, por sua vez, deliberou que o assunto era dos Bombeiros que não havia.
Sorte a de Pedome que o vento mudou e o incêndio acabou por se extinguir senão o encontro do fim que este blog perspectiva, teria acontecido mais cedo.
Como diria o outro: E esta hem?

11 comentários:

Anónimo disse...

Por causa do incêndio as crianças ficaram nervosas e com medo do que podia acontecer na povoação. O jantar de muitos adiado para mais tarde e claro como os bombeiros tardavam, tiveram de se socorrer de depósito de água no tractor, de regador e até de um pulverizador um com água, para defender os bens das chamas que alastravam em direcção das casas.

Anónimo disse...

Após a leitura do post apresentado,aconselho-o vivamente a consulta do link, para esclarecimento das atribuições da Protecção Civil Municipal:

http://www.proteccaocivil.pt/Legislacao/Documents/Lei_65_2007_Proteccao_civil_municipal.pdf

Outra questão que obviamente o assalta, justificando a linguagem rude e insultuosa que apresenta é sem dúvida a comprovada falta de chá. Para aperfeiçoar essa vertente recomendo:

http://www.citador.pt/citacoes.php?cit=1&op=8&theme=716&firstrec=0

http://www.paulabobone.net/wp/?page_id=63

Atentamente

Anónimo disse...

Caro anónimo comentador anterior,

o facto de assinar o seu comentário como anónimo revela em si, uma enorme coragem e uma ombreidade assinalável.

Anónimo disse...

Ombreidade!!!! Essa é boa para o telerural!!!!

A palavra deve ter origem em ombro e idade, será um ombro com idade????

Talvez da próxima vez que vier tão rapidamente defender o seu companheiro, deva consultar primeiro um dicionário...

Ombreidade, uma pessoa está sempre a aprender...

Anónimo disse...

Este anónimo é na verdade um verdadeiro postal, só que a preto e branco, ou nem isso.
Quanto à protecção civil toda a gente sabe a descoordenação que graça por esses bandas. Não é preciso consultar nenhum Link, basta ver os telejornais.
Quanto ao chá, as pessoas, nessa altura dispensavam-no bem. Precisavam era de água, sr, anónimo, não para o bule mas para apagar o incêndio. E por falar em chá, tenha cuidado sr. anónimo,tomá-lo em demasia pode faze-lhe mal ao figado, que parece já não depurar bem o fel.

Anónimo disse...

Não fosse a situação tão séria e o comentário do anonimo seria para enormes gargalhadas. Não é preciso consultar nada, a proteção civil é mesmo para proteger. É isso que as pessoas querem e é para isso que lhes pagam. Que diria o sr. anónimo se sentisse a sua casa e bens em risco? Ia ler algum manual de etiqueta e boas maneiras? Ia consultar a lista das entidades que naquele caso tivessem competência na matéria? Deixe-se de tretas, a realidade é bem diferente por quem a sente na pele.

Anónimo disse...

É pena o Sr. Paulo não se ter perspicácia suficiente para se aperceber que esse site é da Protecção Civil de Cabo Verde!
Afinal quem precisa de estudar é o Sr. Paulo e não o colega anónimo.
Daaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Sr. Anónimo

Caso não saiba a Protecção Civil de Portugal rege-se pelos mesmos princípios, principios esses que deve desconhecer, se necessitou de consultar o site... Parece que até em Cabo Verde as coisas funcionam um pouco melhor do que por cá.

Anónimo disse...

Realmente é engraçado. Os Bombeiros da Castanheira, que estão a dois passos, só actuam no concelho de Chaves, como se os incêndios conhecessem fronteiras, e então, deixam arder. Os de Lebução só trabalham durante o dia, como se os incendios estivessem regulados por horas. E a Cãmara, controla e regula o quê? Não supervisiona a protecção civil e os bombeiros? Não tem o dever de proteger os munícipes? Ou estes apenas servem para os eleger? Já percebi, tudo a sacudir a água do capote, quando esta, a água, era tão necessária para outros fins: apagar um incêndio que começava a por em risco habitações.

Anónimo disse...

Pois bem eu não sei ao certo qual é o tacho do sr. anónimo mas a julgar pelas suas letras deve ser na Protecção Civil;Sr. anónimo estou perplexo com a sua sabedoria, realmente notável pena é que um dia não seja apanhado no meio de uma catastrofe para puxar pelo seu manual de instrucções,e talvez esse manual o ajude porque a Protecção CiviL pode não o reconhecer e fazer o mesmo que fez a estes dois infelizes que se preocupavam com a população e nao com politiquces de meia "tijela".
Tome juizo Sr. anónimo não vá o infortúnio apanha-lo desprevenido.
Ha! não veja sites veja sitios.

Esteves disse...

Sinceramente,não percebi,então em lebução não se toca a sirene quando é necessário, ou seja, os pseudobombeiros de Lebução só apagam de dia, porque à noite têm medo, é isso?

Os bombeiros t~em que estar presentes quando é necessário, e se houver fogo de noite, dia eles mesmo que não estejam de piquete têm que se apresentar, é assim que isto funciona emm todo o lado.